quarta-feira, 26 de novembro de 2008


Uma nova teoria científica Há uma segunda descoberta do grupo de investigadores do Departamento de Ciência dos Materiais da Universidade Nova, associada às memórias de transístores descartáveis em papel, que tem uma consequência curiosa: precisa de uma nova teoria para a enquadrar. Com efeito, o dispositivo electrónico com papel é feito à nanoescala em camadas descontínuas ou discretas, onde as fibras celulósicas estão dispostas de uma forma aleatória. Acontece que todos os dispositivos convencionais são fabricados em camadas contínuas, com fibras (não-celulósicas) alinhadas."Somos experimentalistas e conseguimos pôr a funcionar um novo dispositivo com um mínimo de teoria, mas não há ainda uma teoria científica robusta capaz de explicar ao pormenor esta nova forma de transporte e retenção de informação", salienta Rodrigo Martins. No fundo, "fizémos uma demonstração prática do funcionamento de um novo dispositivo electrónico e das propriedades em que ele se baseia, mas falta o seu enquadramento teórico".Na nanotecnologia parece não haver impossíveis, porque a informação é imaterial. Como explica Elvira Fortunato, "no futuro poderemos miniaturizar ainda mais e usar uma única fibra de papel, porque assim é mais fácil controlar as suas propriedades".